SALMO 1 – A BEM-AVENTURANÇA DO JUSTO
Há muitas divisões em nosso mundo, quando nós estudamos as pessoas. Há muitas
raças, muitos temperamentos, muitas classes sociais. Entretanto, na Bíblia só
há dois tipos principais de pessoas, apresentadas no livro dos Salmos. Os
Salmos tratam desses dois tipos de pessoas. Isso é evidente logo na própria
introdução do Saltério.
O
salmo de número 1 apresenta o tema de
todo o Livro. Aqui está a diferença que existe entre o justo e o ímpio.
Aqui está o Deus que faz a diferença. E aqui estão também os meios da graça que
fazem a diferença.
Portanto, vamos
estudar hoje o primeiro salmo, a fim de conhecer mais de perto o assunto que
prevalece em todo o livro e, então, tirar algumas lições indispensáveis para a
nossa vida espiritual.
Verso 1: "Bem-aventurado
o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos
pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores." Aqui temos uma bem-aventurança.
Bem-aventurança significa felicidade. O salmista começa o livro dos salmos com
uma bem-aventurança, exatamente como Jesus Cristo fez quando iniciou seu
memorável Sermão do Monte.
I – O CRISTÃO É BEM-AVENTURADO, FELIZ
Por que o cristão é feliz?
¨ Não é por ser rico,
porque muitos cristãos são pobres e são felizes.
¨ Não é por ser famoso,
porque muitos cristãos são desconhecidos, quase anônimos.
¨ Não é por ser tranquilo,
porque os cristãos são muito atribulados.
¨ O cristão é feliz, não porque não tenha inimigos, porque ele os tem.
Note as coisas que os justos
não fazem. Em primeiro lugar, eles são descritos negativamente:
1) O cristão é feliz porque "não
anda no conselho dos ímpios"
"Ímpios"
são aqueles que não tem relacionamento com Deus, que não tem o seu temor diante
dos olhos. O seu "conselho", naturalmente só pode dar como resultado
a ruína de qualquer pessoa.
Alguns
podem dar o seguinte conselho: "Vai, case-se com ela; se não der certo,
vocês se separam." Outro conselho inspirado por ímpios: "Você tem que
ganhar muito dinheiro e essa história de sábado pode arruinar a sua vida
profissional. Você vai perder o seu emprego com esse negócio de religião!"
"Você precisa ser feliz; faça tudo o que o seu coração manda. Ninguém tem
nada com a sua vida. Se você quer, e se sente feliz fazendo, por que se
importar com o que os outros vão dizer?"
Os
ímpios acham que têm muito que aconselhar: eles falam sobre o Vestuário: modas, desfiles,
indecências; eles falam sobre as Comidas: finas iguarias, comidas caras,
carne de porco, e frutos do mar; e as Bebidas? naturalmente que deve ter
um pouco de álcool, para esquentar no inverno e refrescar no verão. E as Diversões:
você deve ir a cinemas, futebol, boates, shows de rock. Mas na Política,
os ímpios também sabem como administrar o país: enchendo os cofres dos parlamentares,
e aumentando as suas mordomias, enquanto o povo paga e sofre. E qual é a sua Filosofia?
Existencialismo, fatalismo, evolucionismo, marxismo, entre outras correntes. Se
os ímpios querem aconselhar a você, não deixe que isso aconteça. "Filho
meu," disse o nosso Pai celestial: "se os pecadores querem
seduzir-te, não o consintas!" (Prov. 1:10).
Conselho
é algo fundamental para a vida. Muitas pessoas se arruinaram por causa de um
mau conselho! Mas em contrapartida, muitos também se acertaram na vida por um
conselho e uma orientação bem colocados. É por isso que os cristãos sabem de
onde devem buscar o seu conselho.
2) O cristão é feliz porque "não
se detém no caminho dos pecadores"
"Pecadores"
são os que estão em aberta transgressão da Lei de Deus. O "caminho dos
pecadores" é a prática do conselho dos ímpios. É o caminho do egoísmo, do
orgulho e da avareza; é o caminho da
cobiça, da inveja e da luxúria; é o caminho da violência, da vingança e da
morte.
Olhando
as condições prevalecentes em nosso mundo moderno, vemos milhares que "se
detém" num caminho de crimes, de violência, de assassinatos, de
adultérios, de pedofilia, de degradação dos bons costumes. Os jornais de todos
os dias alimentam as multidões com esse tipo de notícia, e vemos aí tantos se
detendo e seguindo o exemplo dos pecadores.
3) O cristão é feliz porque "não
se assenta na roda dos escarnecedores"
"Escarnecedor"
é uma pessoa irreverente que gosta de zombar, criticar e ridicularizar. A
"roda dos escarnecedores" é a reunião dos zombadores, que
ridicularizam a Deus e a religião. A "roda dos escarnecedores" é
aquele círculo onde estão os contadores de piadas irreverentes, que zombam dos
cristãos e dos bons princípios. E dão risadas e gargalhadas dos que temem a
Deus. E num dia, quando eu me encontrei com um desses, eu apenas lhe disse:
"Amigo, não se esqueça: 'Quem ri por último, ri melhor!'" E ele silenciou.
Aqui
vemos a progressão do pecado. Ninguém começa a zombar das coisas de Deus sem uma
causa. Há alguns passos que devem ser dados para que alguém seja um
escarnecedor. Disse E.G.White: "Andar no conselho dos ímpios é o primeiro passo para deter-se no caminho dos
pecadores e sentar-se na roda dos escarnecedores." (1 TS 585).
O
justo é feliz porque não está nesse meio, porque, pelo contrário, tal círculo
só lhe traria infelicidade. Em outras palavras, ele não entra em sociedade com
esta gente, não sai a passear e comer e a se divertir com eles, não mantém
estreito relacionamento. Nesse contexto, vale o ditado popular: "Dize-me
com quem andas e dir-te-ei quem és!" Quem anda com devassos, será devasso;
quem anda com mentirosos, será mentiroso; quem anda com impuros, será impuro.
Mas "quem anda com os sábios, será sábio." (Prov. 13:20).
Mas agora, notemos o que os justos
fazem, positivamente:
V. 2: "Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua
lei medita de dia e de noite."
Os
justos são felizes não simplesmente porque não fazem certas coisas que os outros fazem. Os justos são felizes
não só porque evitam o mal e o pecado, mas também porque especialmente andam na
"Lei do Senhor". O prazer, a alegria, o entusiasmo, a felicidade do
justo, onde está? "O seu prazer está na Lei do Senhor."
Pense
em algumas pessoas boas pessoas lá fora: há homens que são bons, não matam, não
roubam, não adulteram, pessoas retas que não bebem, não fumam, jamais provaram
drogas, atendem aos seus compromissos pontualmente – mas não é isso que o
salmista quer dizer. Isso apenas não basta, porque muitos não crêem em Deus, e
portanto, não podem experimentar essa bem-aventurança, essa felicidade celestial
do justo.
1) O que significa essa "Lei
do Senhor"? É fácil
pensarmos nos 10 Mandamentos. O
justo, realmente tem prazer nessa Lei, ele se alegra nessa Lei, ele sabe como
disse Paulo, que essa lei é "santa, justa e boa". (Rom. 7:12). A lei
dos 10 mandamentos é tão especial que até muitas pessoas que não têm a Cristo
gostam dessa lei, e como disse Paulo eles têm prazer nessa lei, amam o Decálogo
(Rm 7:22).
Mas
em nosso tempo muitos teólogos sem teologia dizem que essa lei está encravada
na Cruz do Calvário. Dizem que essa lei
foi anulada e que não mais estamos sujeitos a ela. Eles esquecem das palavras
de Cristo que disse: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas” (Mt
5:17). Sim, o cristão aprecia a Lei dos 10 Mandamentos e defende a verdade
afirmando que essa Lei é eterna, porque é uma revelação do caráter de Deus.
Mas
o salmista não se refere só a essa lei. A palavra "Lei" aqui traduzida
vem do hebraico Torah, que significa
toda a Instrução Divina, e se refere a toda palavra que procede de Deus. Esta
palavra inclui a Lei, a Graça e todos os escritos dos Profetas. Ela fala do
Concerto e da Salvação. A Palavra de Deus está em foco. O prazer e a alegria do
justo está na Palavra que procede da boca do Senhor nosso Deus.
2) Por que a alegria do
justo está na Palavra de Deus?
(1)
A Palavra de Deus contém comida. Aqui temos o alimento espiritual dos
cristãos. É pela Palavra que nos alimentamos das grandíssimas e preciosas
promessas. Através dessas promessas nós nos tornamos filhos de Deus, perdoados,
temos a certeza de nossa herança no Céu, onde viveremos eternamente com Deus,
junto a todos os anjos da glória.
(2) A Palavra de Deus contém conforto.
Neste mundo, cheio de tribulações e angústias, quando somos abandonados,
decepcionados ou quando perdemos os nossos entes queridos pelas tragédias da
vida, retiramos o conforto nesse Livro.
(3) A Bíblia também contém comunhão.
Através desse Livro Santo, temos comunhão com Deus o Pai, com o Seu Filho Jesus
Cristo, e com o Espírito Santo. Dessa comunhão procede toda a nossa alegria.
Além disso, também temos comunhão com as pessoas que têm a mesma fé.
3) O que faz o homem justo
com esse Livro? "Na
Sua Lei", no Torah, na Palavra de Deus, ele "medita." Meditar significa demorar o pensamento na mensagem
que estamos lendo, desenvolvendo as idéias, retirando e aplicando as lições,
sentindo as belezas da verdade, planejando as novas perspectivas descobertas,
orando com a Palavra e transformando as frases em uma comunhão e num diálogo
com Deus, enquanto lemos.
A
meditação é o silêncio da alma que nos permite ouvir as clarinadas da consciência.
A meditação nos permite descobrir as gemas da verdade. É a contemplação do
pensamento que nos leva a ver o invisível, tocar o intocável e perceber o
imperceptível. É por meio da meditação na Palavra de Deus que desvendamos
muitos mistérios, atingimos as profundidades e nos deleitamos na sublimidade
dos atributos divinos escondidos na Pessoa de Jesus Cristo.
Vivemos
em um mundo agitado, numa vida
atarefada, e os homens não têm mais tempo para meditar.
O
excesso de trabalho tirou o tempo
para meditar. A corrida por mais recursos para sustentar a família, a competição
nos empregos, a luta pelo ganha-pão tirou o tempo para meditar. E ainda muitos
nem precisando tanto, trabalham por mais lucros, a fim de satisfazer às suas
ambições, e por isso não tem muito tempo. É a intemperança no trabalho
prejudicando a vida espiritual.
O
excesso de diversões, porém, é a
principal razão por que as pessoas não têm mais tempo para meditar. Satanás multiplicou
os divertimentos para desviar o homem da Palavra de Deus, e assim levá-los à
perdição. A televisão, o cinema, as corridas de carro, as corridas de cavalo, as
corridas atrás de bolas, em várias modalidades, como futebol, handebol, voleibol,
basquetebol etc, bailes, teatros, e agora a Internet em suas múltiplas formas.
Se todos, crianças, jovens, homens e mulheres, estiverem ocupados com tantos
divertimentos, como poderão ler uma Bíblia e meditar na Palavra? Como poderão
os homens descobrir o plano da salvação?
Entretanto,
o justo tem o seu prazer na Palavra de Deus e nela medita.
4) Por quanto tempo ele
medita? Constantemente, continuamente, sem
cessar. "De dia e de noite" – significa todos os dias e o dia todo. Isso
não significa que estaremos 12 horas por dia lendo e meditando, com a Bíblia na
mão. Isso implica em que os seus pensamentos estarão entrelaçados com os
pensamentos divinos, a todo o momento e mantendo comunhão com as palavras
inspiradas, as quais foram lidas no começo do dia. Portanto, o cristão é feliz
porque não anda no conselho dos ímpios, mas anda sempre e constantemente no
conselho de Deus, e é, como resultado, cada vez mais feliz.
5) De que modo ele faz isso? Ele lê a Bíblia, e medita nas promessas de Deus, nas
advertências, nos ensinos, nos mandamentos, nas profecias, nas histórias, nas
lições, na Pessoa de Deus e Jesus Cristo, ele medita nos atributos e perfeições
de Deus.
II – A QUE É COMPARÁVEL O JUSTO?
Verso 3: "Ele é como
árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu
fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem
sucedido." – Por que essa comparação?
1) O justo é como a árvore, porque tem raízes. A
árvore está "plantada", firme, estável, tem as suas raízes firmemente
apegadas na profundidade do solo, e é inabalável diante de fortes tempestades. Assim é o justo; ele está plantado na
Rocha dos Séculos, em Jesus Cristo, e é inabalável em meio das tempestades da
tentação, das perseguições e provas da vida.
Na Idade Média, um cristão foi preso e ameaçado porque não queria se retratar de sua fé. Foi levado perante o tribunal,
onde lhe foi dito: "Se você não renunciar sua fé, você vai ser expatriado."
Ele respondeu: "Não ficarei sem pátria, porque sou cidadão celestial, e a
minha pátria está no Céu." "Mandaremos confiscar seus bens." O
cristão respondeu: "Os meus tesouros estão no Céu, e lá tenho uma herança
eterna." Por último eles o ameaçaram de morte pelo carrasco, e ele
respondeu sem vacilar: "Os senhores podem me tirar a vida física, não a
vida espiritual, porque ela está escondida com Deus em Jesus Cristo."
2) O justo é como a árvore, porque tem fruto.
(1)
A árvore mencionada não é qualquer uma
que está apenas ocupando um lugar ocioso, e está pronta para ser cortada –
porque a árvore que não dá fruto deve ser cortada e lançada no fogo.
(2) Mas Davi fala de uma árvore frutífera. Assim é o cristão
– ele dá o seu fruto. O fruto é dado pelo Espírito Santo, e é o amor, a paz, a
alegria, a bondade, a fidelidade, a benignidade ou cortesia, a longanimidade ou
paciência, o domínio próprio ou temperança.
(3)
O justo dá o seu fruto "no devido
tempo". Assim como a árvore tem o seu tempo para dar frutos, quando vem
o tempo, quando as circunstâncias exigem, o cristão revela os seus frutos, e se
manifesta em atos de amor, bondade, ou se mostra cortês, ou revela paciência, e
quando vem a tentação, ele é temperante, domina o seu corpo, e os seus
pensamentos, as suas paixões.
3) O justo é como a árvore porque tem aparência.
"A sua folhagem não murcha".
(1) As
folhas na árvore servem para embelezar, revelar uma boa aparência. O cristão
revela também uma boa aparência. Ele tem aparência externa, porque embora pobre,
sabe se vestir, modestamente, com bom senso, não como os ímpios que se vestem
com ostentação, luxúria e indecência.
(2) O
cristão revela também aparência interior que se mostra no exterior. Os outros
conhecem os cristãos pelo seu rosto. Muitos deles já foram identificados pela
paz do seu rosto ou pelo sorriso amorável dos lábios, ou pelo seu olhar meigo. A
aparência do cristão não se lava com água e sabão.
Um pastor esperava na fila de um banco em Canoas, no Rio Grande do
Sul. Uma senhora desconhecida lhe perguntou: "O senhor é pastor?" "Sim",
disse ele, e deu o seu testemunho. Noutro dia, esse mesmo pastor deu carona em seu carro a uma pessoa, que
entrou e, depois de alguns minutos, lhe perguntou: "Desculpe, mas o senhor
é um pastor?" Ele respondeu: "Sim, por quê?" A resposta veio
pronta: "Ah, eu logo imaginei, porque quando eu entrei senti uma atmosfera
diferente, como se fosse uma luz envolvente dentro do carro!"
4) O justo é como árvore porque tem crescimento. Disse
Davi: "tudo quanto ele faz será bem sucedido."
(1)
A árvore está sempre crescendo, ela nunca pára de crescer. A 1a lei da árvore é
crescer.
(2)
Da mesma forma, o cristão sempre cresce. Mas em que sentido ele cresce? Ele
cresce "na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo."
(2Ped. 3:18). A graça é o seu crescimento espiritual, ao perceber as
virtudes do amor de Deus em Cristo. O conhecimento tem dois sentidos: intelectual
e experimental. Ele já possui um pouco desse conhecimento intelectual a
respeito de Cristo, mas ele cresce mais, lendo e estudando a Bíblia a respeito
de Jesus. Ele também já possui conhecimento experimental de Cristo, mas ele
cresce mais e mais nesse conhecimento, ao ter uma experiência diária com Ele,
orando e mantendo comunhão com Ele.
III – MAS COMO SÃO OS ÍMPIOS?
Versos 4-5: "Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha
que o vento dispersa. Por isso, os perversos não prevalecerão no juízo, nem os
pecadores, na congregação dos justos."
1) "Os ímpios não são assim". Assim como? Não são como os justos que Davi
descreve aqui no primeiro salmo. Não
são felizes – sua felicidade é ilusória, passageira. Não tem frutos.
Embora façam muitas obras de caridade, isso não é levado em conta, porque Deus
não aceita boas obras misturadas com o pecado e a auto-suficiência. Não são
bem sucedidos no sentido real. O
fato é que vivem enganando e sendo enganados. Sua riqueza, se a possuem, é
riqueza efêmera, passageira.
2) Se os ímpios não são assim como os justos, como são eles? São como PALHA: A palha não tem estabilidade, segurança, mas é conduzida e agitada
pelo vento. A palha não tem vida, não dá fruto. A palha não tem crescimento. A
palha não tem valor. A palha será queimada no fogo.
3) Dois ateus certa vez se encontraram; e um deles estava em seus últimos momentos, no
seu leito de dor, e contou de suas angústias, seu temor do futuro ao seu amigo.
Por sua vez, o amigo lhe aconselhou: "Firme-se, meu amigo, firme-se bem."
E o moribundo respondeu: "Firmar-me? Mas firmar-me em quê?" Os ímpios
não tem nada em que se firmar e estão em completa insegurança.
De
fato, os ímpios não tem segurança. Entretanto, todos eles tiveram a sua
oportunidade para receber a Jesus Cristo e se salvar. Mas quando se depararam
diante de uma escolha, eles preferiram o caminho do mal. Portanto, quando Deus
julgar aos ímpios no Dia do Juízo final, eles não prevalecerão. Eles serão
condenados e não terão nenhuma desculpa a dar. Pelo contrário, eles terão de
reconhecer a justiça de Deus.
CONCLUSÃO
Então, o salmista termina o salmo
esboçando o seu tema do salmo 1 e de todo o livro dos Salmos: Verso 6: "Pois o SENHOR
conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá."
Aqui
temos apenas dois caminhos. Não são muitos
caminhos. Alguns dizem que muitos caminhos levam a Roma, e aplicam isso para a
religião. Isso é verdade apenas geograficamente. Não é verdade espiritualmente,
porque só há dois caminhos. Cristo falou no Sermão do Monte, que há apenas dois
caminhos: um largo que leva à perdição; outro estreito, que leva à salvação.
Qual é o seu caminho? Você já escolheu o melhor caminho? Para onde você está indo?
Em que direção está viajando?
Certa
vez um pastor visitou e falou por
alguns momentos a um grupo de jovens em Santa Maria (RS), e um deles disse o
seguinte: " – Olha, sabe como é, pastor, eu gosto de pornografia e acho isso
muito bonito." Ele falou isso diante de algumas moças, e julgou que falava
com muita sabedoria, num tom de soberba mundana. O pastor respondeu: – "Jovem,
vou lhe fazer só uma pergunta: Você sabe para onde você está indo? Sabe qual é
o destino daqueles que amam o pecado, gostam do pecado e não o querem largar?"
Aquele jovem que até ali, na presença das moças se demonstrou loquaz e falador,
nesse momento emudeceu, e ficou aturdido, calado, pensativo e cabisbaixo,
enquanto o pastor se despedia de todos. Amigo, você sabe para onde você está
indo? Qual é o seu caminho?
Num
dia de sábado, o Dr. Rossi foi
abordado por uma jovem repórter que
procurava respostas rápidas a suas perguntas inquiridoras sobre os Adventistas
do 7º Dia.
– Dr. Rossi – disse ela – as pessoas dizem
que os adventistas não podem
ser felizes, porque não participam dos prazeres que o mundo oferece, que eles
não podem comer certos alimentos saborosos,
não tomam bebidas
alcoólicas e não vão a certos lugares de diversões. Afirmam que vocês não
vivem, vocês vegetam. O que o senhor tem a dizer sobre isso?
Ele respondeu, sorrindo espontaneamente:
– Você me acha infeliz?
A repórter observou a sua face, e o brilho
do seu sorriso simpático e fácil, e respondeu:
– Não, Dr. Rossi, o senhor não me parece
infeliz.
Então, ele tomou um livro com o título de
"O Grande Conflito" e lhe entregou, dizendo:
– Leia esse livro, e você encontrará as
razões por que o povo adventista é um povo feliz.
Dois anos se passaram. O Dr. Rossi se
encontrava na igreja central da cidade de Curitiba, quando alguém se aproximou
e lhe disse:
– Dr. Rossi, o senhor se lembra de mim?
Era uma jovem sorridente, e ele não se
lembrava, mas ela disse:
– Eu sou aquela repórter que falou com o
senhor, quando eu fazia uma pesquisa sobre os adventistas. Quero lhe dizer que
li o livro que o senhor me deu.
– Ah, sim, agora me lembro! Muito bem,
gostou do livro?
– Sim, mas não só gostei do livro, como
aceitei a sua mensagem, e me batizei com toda a minha família (e apresentou os
seus familiares).
– Dr. Rossi, agora pertenço à Igreja
Adventista. Posso testificar que os adventistas são um povo feliz, porque têm
muitas razões para ser o povo mais feliz do mundo.
"Bem-aventurado o homem
que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem
se assenta na roda dos escarnecedores."
Pr. Roberto Biagini
Mestrado em Teologia
prbiagini@gmail.com
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